5.3.08

Espiritualidade

Não que eu seja uma pessoa superficial, mas eu tou longe de ser o que chamam de espiritualizada.

Eu estudei em colégio católico a vida inteira, fui batizada, fiz 1ª comunhão e crisma, mas não vou a missa, não comungo e não me confesso.

Com Deus, eu converso sozinha. Não preciso de mediadores.

Pra falar a verdade, me chamem de ignorante, mas eu não entendo muito essas manifestações intensas (pra não escrever "exageradas" e soar preconceituoso) de fé, e algumas me dão uma vontade incontrolável de rir.

Uma vez, fui ao aniversário de 1 ano do filho de uma amiga minha (na época com 17 anos - engravidou aos 15 e entrou pra Igreja. Um pouco tarde. Heh) e, no meio da missa, a mulher ao meu lado parece que entra em transe e começa a falar algo como "mãããããnimãnimãnimãni..." e eu dei um pulo, do susto que levei. Aí perguntei baixinho pra minha amiga do lado: "What a fuck porra is this????" - e ela disse que a senhora era uma privilegiada, que tinha o DOM DAS LINGUAS e estava rezando na língua dos anjos.

Oi?

E eu me achando privilegiada porque falo português, inglês, espanhol, francês e estou aprendendo italiano.

De que adianta, se eu não tenho o DOM DAS LINGUAS e não sei falar a língua dos anjos??

Arrasada.

Mas nem era disso que eu ia falar.

Comecei a falar de espiritualidade porque tive uma história (a gente nunca chegou a ficar - vocês já entenderão o porquê) com um garoto super espiritualizado.

Surfista, daqueles que bebem chá e conversam com Deus (sem preconceito).

Daí que ele nem falava em FICAR comigo. Só em namorar. E a gente tinha que começar "tal" dia, porque era lua nova e começar coisas novas em noites de lua nova traz energias e vibrações positivas... e eu do outro lado do computador (sim, ele queria namorar a distancia, ainda por cima) me acabando de rir, do lado de uma amiga.

Porque, né? Não sei qual frase do parágrafo acima é mais engraçada/sem noção.

E na época que eu conheci esse menino, eu tinha acabado (mas depois voltei) o namoro com um que a família é toda meio hippie.

Lembro do nosso primeiro natal. Eu super-esperando um peru (sem duplo sentido), alguém com gorro de papai noel, um pinheiro de plástico... e chego lá, tem tofu, uma fogueira, um violão, pessoas ao redor de mãos dadas fazendo "Oooooommmmmm!"

Eu não sabia se ria ou se saia correndo. Mas o "Om" eu não consegui fazer de jeito nenhum!

Por isso que eu gosto de trabalhar na night... não corro mais o risco de conhecer gente espiritualizada! Esse povo não vem bater cabelo na BUATCHY (graças a DEUS).

Como diria Gugu Liberato: Viva a Noite! Viva!

1 comments:

Anônimo disse...

Querridinha,

Nossa religião é a Noite!
Ai, morri aqui de tanto rir com esse post! O-TE-MO!

COntinue assim ...
BJo